quinta-feira, 23 de julho de 2009
Minha dor
O que em me incomoda não é nada além dos “valores” (não casualmente assemelhado a linguagem da troca de mercadorias). Se eu pudesse libertar os grilhões já em meu ser incorporado, com toda a minha força, sem ressentimentos, adentrava no mar dos prazeres. Não posso! Sei que seria perseguida. Sei o quanto sou perseguida por ainda debater-me contra a opressão desses malditos valores.
O capital me transformou numa pessoa com medo de sentir o prazer de ser, de somente ser humano. Tô congelada! Esse frio me queima e a dor arde. Adentro o inferno sem entender como abro tais portais.
Nossos corpos estão aprisionados, mas nossas almas vagam. Eis a esperança.
Estou saturada de tanto horror e parca confiança na vida. Quem retirou de mim o ímpeto revolucionário? (me pergunto). Mas nem os ecos da minha própria voz posso ouvir. Ao meu lado só vejo, e na mesma proporção ouço, o desespero dos meus iguais. Sim, são iguais a mim, os que por obra do destino (?) desesperam-se ao sentir a barbárie instaurada. Sentimos a dor de ver o pavor e sofrimentos nos olhos alheios.
As amarras do capital aprisionam nossas mãos e nossos pés, mas os nossos corpos decrépitos ainda pulsam em resistência ao horror. Estamos fracos e nossa dor é alimentada pelo perambular de almas vagantes... Não vislumbramos outro caminhar. Porém não negamos a certeza de que outra alternativa é possível.
sexta-feira, 17 de julho de 2009
Sociedade machista e imbecilizada!!!!
Como não ter um olhar pessimista diante de tanta hipocrisia??? Não consigo vislumbrar nada a partir da realidade que vejo, presencio e me conforma. Nada além da opressão. Homens nojentos, mulheres opressoras. “Seres coisas” !!!!
Tomo um banho de chuva pra lavar minha alma, meu desespero, egoísmo e tudo o que me cerca. Mais nada, nada se desfaz! Não há saídas, não há possibilidades. Só derrotas! Desmancho-me com as leituras de um passado de luta que não nos levou a vitória - Desumanos?! Mas, quem é a humanidade se não, nós mesmos, seres humanos que a compomos? - Continuamos oprimidos e o entrelaçamento de opressões é extenso.
Enquanto caminho, percebo homens, muitos, e que me oprimem somente por que sou fêmea. Será que meu sexo só me incumbe o dever de servi-los? Meu corpo tem que ser moldado aos seus desejos, minhas atitudes também. Não possuo o direito de ter subjetividade, sentimentos. Sou uma vagina a perambular pela cidade. E desacompanhada não há quem me represente. Ofereça-me segurança. Preciso de representantes para obter respeito e segurança? Gozado! Pessoas presas ao tempo das cavernas que não utilizam nem 1% do próprio telencéfalo altamente desenvolvido travestem-se com coisas para se sentirem gente (?!). Quantas coisas você precisa pra se sentir melhor? Quantas coisas ainda planeja comprar pra poder se sentir bem? Quantas coisas são necessárias pra traduzir sua personalidade? Ah! Assim não me reconheço em nada. Não sou nada, não quero ser nada, não quero ter nada. Não busco status.
Sociedade sexista que mercantiliza tudo! Mercantilizou meu sentimento, minha vagina,! e meus sonhos?! Não, não me enxergo nesse mundo! Eu odeio tudo o que me cerca tudo o que me oprime. O que mais a realidade me demostra? “Seres-robôs”! Oprimidos conquistando sonhos de opressão.
Quem nesse mundo imbecilizado ainda se preocupa com tudo aquilo que somente seres humanos são capazes de emanarem? Quem me responder a essa pergunta ganha um prêmio! Meritocracia lhe serve? O prêmio te convence como impulsionador pra atingir um objetivo? Meritocracia lhe serve como impulsionador para atingir sua própria liberdade? Quantas coisas ainda quer conquistar para se sentir merecedor da felicidade, da liberdade de poder ser, somente ser?
Não me julgue existencialista. Aliás, não me julgue! A história, é claro, nunca é contada pelos oprimidos. Não é que eu seja ingênua, eu não disse, nem pretendi dizer em momento algum que nós, as oprimidas e os oprimidos, poderíamos exercer nosso poder de articular interpretações, conectar causas e efeitos. Sei que não possuímos o direito de verbalizar o que sentimos. Oprimidas e oprimidos não são capazes de refletir, de elaborar, de analisar nada. Isso é o que nos dizem, e é no que acreditamos. Quantas pessoas que passam fome discursam sobre a dor de senti-la? O direito de expressão conquistado constitucionalmente há mais de 2 séculos, não nos garante absolutamente nada. Quem disse que letra de lei tem valor no vale dos oprimidos... ou suicidas? Estado democrático de direito... eu não te iludo. Responsabilize e culpabilize-se por sua pobreza interna e externa, intelectual e moral, e trabalhe. Trabalhe mais! Você ainda não amadureceu e de podre já caiu da árvore.
Sobre mim somente digo: não possuo letreiros, não chego dentro de caixa, não venho acompanhada de manual, nem de bula!
Tomo um banho de chuva pra lavar minha alma, meu desespero, egoísmo e tudo o que me cerca. Mais nada, nada se desfaz! Não há saídas, não há possibilidades. Só derrotas! Desmancho-me com as leituras de um passado de luta que não nos levou a vitória - Desumanos?! Mas, quem é a humanidade se não, nós mesmos, seres humanos que a compomos? - Continuamos oprimidos e o entrelaçamento de opressões é extenso.
Enquanto caminho, percebo homens, muitos, e que me oprimem somente por que sou fêmea. Será que meu sexo só me incumbe o dever de servi-los? Meu corpo tem que ser moldado aos seus desejos, minhas atitudes também. Não possuo o direito de ter subjetividade, sentimentos. Sou uma vagina a perambular pela cidade. E desacompanhada não há quem me represente. Ofereça-me segurança. Preciso de representantes para obter respeito e segurança? Gozado! Pessoas presas ao tempo das cavernas que não utilizam nem 1% do próprio telencéfalo altamente desenvolvido travestem-se com coisas para se sentirem gente (?!). Quantas coisas você precisa pra se sentir melhor? Quantas coisas ainda planeja comprar pra poder se sentir bem? Quantas coisas são necessárias pra traduzir sua personalidade? Ah! Assim não me reconheço em nada. Não sou nada, não quero ser nada, não quero ter nada. Não busco status.
Sociedade sexista que mercantiliza tudo! Mercantilizou meu sentimento, minha vagina,! e meus sonhos?! Não, não me enxergo nesse mundo! Eu odeio tudo o que me cerca tudo o que me oprime. O que mais a realidade me demostra? “Seres-robôs”! Oprimidos conquistando sonhos de opressão.
Quem nesse mundo imbecilizado ainda se preocupa com tudo aquilo que somente seres humanos são capazes de emanarem? Quem me responder a essa pergunta ganha um prêmio! Meritocracia lhe serve? O prêmio te convence como impulsionador pra atingir um objetivo? Meritocracia lhe serve como impulsionador para atingir sua própria liberdade? Quantas coisas ainda quer conquistar para se sentir merecedor da felicidade, da liberdade de poder ser, somente ser?
Não me julgue existencialista. Aliás, não me julgue! A história, é claro, nunca é contada pelos oprimidos. Não é que eu seja ingênua, eu não disse, nem pretendi dizer em momento algum que nós, as oprimidas e os oprimidos, poderíamos exercer nosso poder de articular interpretações, conectar causas e efeitos. Sei que não possuímos o direito de verbalizar o que sentimos. Oprimidas e oprimidos não são capazes de refletir, de elaborar, de analisar nada. Isso é o que nos dizem, e é no que acreditamos. Quantas pessoas que passam fome discursam sobre a dor de senti-la? O direito de expressão conquistado constitucionalmente há mais de 2 séculos, não nos garante absolutamente nada. Quem disse que letra de lei tem valor no vale dos oprimidos... ou suicidas? Estado democrático de direito... eu não te iludo. Responsabilize e culpabilize-se por sua pobreza interna e externa, intelectual e moral, e trabalhe. Trabalhe mais! Você ainda não amadureceu e de podre já caiu da árvore.
Sobre mim somente digo: não possuo letreiros, não chego dentro de caixa, não venho acompanhada de manual, nem de bula!
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